quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Delírios de consumo de todos nós


Por muitas vezes um livro, um filme a até mesmo uma música são capazes de abrir nossos olhos para enxergarmos aquilo que sempre esteve a vista. Isso pode ter acontecido com você ou não. Comigo sempre acontece e é sobre uma dessas experiências que vou escrever.
Hoje assisti Confessions of  shopaholic, em portugês Os delírios de consumo de Becky Bloom. A história toda é muito fofa e divertida mas o que tanto chamou minha atenção foi a compulsão de Rebecca Bloomwood por compras. Antes, porém analisaremos os fatos. Becky não possui alto poder aquisitivo, caso você tem pensado assim. Ela trabalha numa revista pouco conhecida, vive de favor no apartamento de uma amiga, acumula dívidas no cartão de crédito e foge de cobradores. Um perfil válido quando se trata de comédias românticas mas este é um reflexo da sociedade atual. O problema (sim, é um problema!!) de Becky começa na necessidade de ter para ser e no que empresas são capazes para faturar. Como estudante de propaganda e marketing sei que quando um produto é vendido no seu preço é incluso mais que o custo de matéria prima e mão de obra, valor da marca está agregado. Suponhamos que uma bolsa custe xyz. Desse valor x é o custo de matéria prima, y custo de mão de obra e z o valor da marca. Em porcentagem isso equivaleria (em média), respectivamente, a 20%, 30% e 50% do valor total. Então o que realmente temos comprado? peças de roupa, sapatos, bolsas ou a própria marca? Filmes como O diabo veste pradaConfessions of a shopaholic e Sex and the city mostram um pouco disso. Não me levem a mal, sou APAIXONADA por moda, adoro boas peças, acessórios bacanas, gente bem vestida mas tenho bom senso e por isso mesmo me ponho nesse posição. Entendo que cada marca tem seu valor e não crítico isso. Mas sim o posicionamento dos consumidores. Acordem! Não se deixem levar! Não vale a pena gastar todo seu salário numa bolsa Chanel, parcelar um sapato em 18291812192x ou viver cheia de dívidas até o pescoço. Andar bem vestida ser elegante, ter estilo não depende do quanto custou cada peça e sim de autenticidade e bem estar próprio e todos nós (consumidores, empresas, marcas, magazines) deveríamos saber!
Educação e elegância não tem preço e não se compram.

Um comentário:

  1. indicação minha,
    e eu ja falei que depois que vi sex and the city virei viciada em sapatos, e depois desse em compras em geral. ¬¬

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