domingo, 4 de novembro de 2012

Tentando entender Jogos Vorazes

 [Contém spoilers]


Confesso que sou muito influenciada pelo que dizem, ainda mais se quem diz tem crédito comigo. Talvez exatamente por isso tenho me decepcionado com o Jogos Vorazes. Não o filme, porque não o vi, mas sim a serie de livros. O que me levou a ter interesse nesse história foi a quantidade absurda de comentários positivos a obra de Suzanne Collins. Quando pus as mãos no box e livros fiquei ansiosa: finalmente mergulharia na história de Katniss.

Este post não chega a ser uma resenha, sequer uma crítica. Darei um plano geral para destacar apenas o que saltou aos meus olhos. Desde já peço perdão se parecer confuso, pois é assim que me encontro.
Tenho uma amiga que sempre diz que devoro livros porque os leio muito rápido. E é verdade, mas também é verdade que levei dois dias para terminar o primeiro livro, Jogos Vorazes, o que é muito. Costumo ter muita paciência pra inícios chatos por acreditar que os momentos de ação farão com que eles tenha valido a pena. Então passado todo o período de apresentação dos personagens e dos próprios jogos sou recompensada por um pouco de ação mas só um pouco. Felizmente Peeta Mellarck faz tudo valer a pena. Ele, pra mim, é o melhor e talvez mais bem escrito personagem da saga. Também simpatizo com Cinna, o estilista de Katniss; Haymitch, seu mentor; Gale, seu melhor amigo e wannabe par romântico e Rue, a menininha que se torna sua aliada na arena. O ponto alto pra mim do livro é a morte dela. Triste, tocante e quase inesperada. Foi ela que fez com que eu derramasse as primeiras lágrimas. Só Peeta consegue isso de novo.
O resto da primeiro livro trata da sobrevivência de Katniss e Peeta na arena e como seu relacionamento, aparentemente fingido, se desenrola. A tal violência tão comentada e meio que prometida se limita a morte de Cato por bestantes, deixando então apenas o casal apaixonado vivo. É aí que, Katniss, num ato desesperado ameaça cometer suicídio com Peeta e mas eles são impedidos pelos Idealizadores dos Jogos que decidem que é melhor mantê-los vivos, assim os dois são eleitos vencedores. O que seria ótimo se o desempenho de Katniss não tivesse acendido uma fagulha de rebeldia nos distritos.
No livro seguinte, Em chamas, a história se desenrolada (mais ou menos) e várias m*rdas acontecem. Mas ele parece apenas servir de ponte entre o primeiro e o último livro. Em meio a leitura não consigo deixar de sentir algo me incomodando. Não sei se é a impressão de que Collins escreveu tudo às pressas deixando de trabalhar mais e melhor os personagens, ou a personalidade estranha de Katniss. Talvez o destino dos personagens... não sei, sinceramente não sei.
Ao terminar de ler A Esperança, o último livro da saga, tenho a sensação de que a história está incompleta, de que várias capítulos foram subtraídos. Não sei o que é, mas falta alguma coisa. Fico com a sensação de que a história poderia ter ido além e sido muito mais. Meu Peeta tem o pior dos destinos e o epílogo não acrescenta nada. Estou desapontada e irritada com a autora. Falta mais conflito entre os personagens e menos entre Katniss e ela mesma. Sua mãe e irmã são tão secundárias que me incomodam. Falta violência, falta mais pontos de vista. Falta um fim decente a história e a tantos personagens queridos. Não é que eu tenha odiado a história mas sinto que ela não é o todo. Não sei se a autora pretende lançar mais livros relacionados à Jogos Vorazes, um spin off talvez. Aos meus olhos a trilogia de Suzanne Collins promete muito e cumpre pouco. Me resta ficar na torcida para que as lacunas na história sejam o indício de que ainda há mais a ser dito.

Sinto ter feito um post confuso porque é assim que me encontro, confusa em relação a Jogos Vorazes, para um maior esclarecimento do que quis expressar nas linhas acima indico a leitura deste post. Na esperança de que ele me esclareça.
Para ouvir: Safe and sound - Taylor Swift.

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